Publicado em: 00/00/0000
Inspirar e mobilizar quando queremos liderar, temos que ser capazes de mobilizar os outros, o que significa conseguir que os outros coloque ao serviço dos objetivos comuns as suas ambições individuais.
O futebol profissional
é de extrema exigência na formação de treinadores e de jogadores, mas de uma
lassidão completa no que diz respeito aos dirigentes. E lá vamos nós outra vez:
os dirigentes misturam-se com a equipe, logo não podem ter só responsabilidades
de gestão. Ora, quando tens presidentes que se misturam com a equipe e com o
treinador, há uma coisa que não pode ser ignorada: é que o líder daquela equipe
é o treinador. Então se ele (o presidente) quer misturar-se com a equipe, ele é
um complemento do treinador. O problema é que quando ele intervém depois de uma
derrota, por exemplo, ele está a sobrepor-se ao treinador e o treinador nunca
mais recupera a autoridade que perdeu por causa dessa atitude do presidente. No
esporte profissional, o treinador é o CEO e o presidente do clube é o presidente
do Conselho de Administração. Normalmente, o problema não são os cargos e as
funções, o problema são as pessoas e a confusão à volta do que são os seus
cargos. No futebol, estás rodeado de gente que nunca ninguém os sentou para
falar das responsabilidades deles, principalmente na área relacional, que é
onde as coisas se complicam, pela maneira como se comportam em determinadas
situações.