Publicado em: 00/00/0000


“A bola, o gol e o adversário são as três referências básicas. Portanto, basicamente, se a bola estiver num corredor, os adversários mais próximos da zona da bola, nos espaços que ocupam, devem ser marcados em cima com muita agressividade e pressão. Os jogadores mais afastados da bola, numa coerência e lógica de enquadramento no espaço de jogo, devem colocar-se de maneira a não permitirem que na possível saída da bola dessa zona haja jogadores e espaços libertos.” Jesualdo Ferreira

Em sentido contrário a esta ideia defendida por Jesualdo Ferreira, em declarações transcritas no livro “Defesa à zona no futebol”, surgem, por parte do autor, as seguintes considerações:

“Pelo que já foi referido, facilmente se percebe que as coberturas podem de fato ficar comprometidas, pois Jesualdo pretende que os seus jogadores “marquem em cima” nas zonas próximas da bola e, se assim é, os jogadores passam a estar dependentes do posicionamento e movimentação dos jogadores adversários (a referência adversário direto passa a ser prioritária). Para quem pretende ser pressionante de forma zonal, a ocupação dos espaços abaixo da linha da bola não chega. No sentido de montar armadilhas que bloqueiem grande parte das saídas aos adversários, surge a necessidade de tapar também as linhas de passe que se encontram atrás do portador da bola.

Reparemos no seguinte exemplo:

O objetivo de recupar a bola no corredor lateral leva a que equipe bloqueie as saídas em redor do portador. Isso, incluí o fecho das linhas de passe recuadas. No entanto, e porque a ocupação zonal nem sempre permite o condicionamento de todas essas soluções, em alguns momentos, face a determinados posicionamentos do adversário, pode surgir a necessidade de algum jogador dividir o espaço entre o local onde zonalmente deveria estar e o adversário.

Uma correta distância entre o local onde deveria ser feita a cobertura e o adversário, permite condicionar as duas possibilidades de ação do portador. Não é uma marcação, nem um abandono completo do local da cobertura, assim como não é uma ocupação zonal por natureza. 

Obviamente que não é uma solução perfeita mas se os encurtamentos forem rápidos e a leitura corporal do adversário for boa, a possibilidade de sucesso é grande.

Existem inúmeros casos onde a “pouca distância” surge como uma arma útil.

Blog Lateral Esquerdo - Bruno Fidalgo.

A bola, o gol e o adversário a pouca distância